terça-feira, 21 de junho de 2011

Seja feliz todos os dias minha querida Pietra.


Minha querida irmã me surpreendeu com sua capacidade de alegrar-se. O sorriso iluminado parecia segredar motivos grandiosos. Uma alegria natural. Um acontecimento simples demais para ser comemorado.

A vida não se estanca, não se detém. Flui sem cessar. A partir do que era, até novas formas.

E é assim mesmo. Por mais que nos empenhemos em detê-la, fluirá, crescerá. Não depende de nós. E por mais que olhemos, com nostalgia, para trás, a vida sempre caminha para melhor, apesar dos obstáculos.

E assim nasceu Pietra.  Não podemos detê-la. Não terá sempre um ano – nem sempre dez anos. Há que deixá-la fluir superar as sucessivas etapas para irmos penetrando cada vez mais profundamente em seu ser de mulher.
Crescer com ela é um desafio apaixonante. Que muitas vezes nos apanha cansados e, outras, nervosos; outras, desprevenidos.

Crescer com ela é caminhar segundo o passo dela, sem forçá-la, sem detê-la. Caminhando. Percorrendo juntos este caminho da vida, que está por fazer; sendo cada vez mais discretos, em sua presença, para que pouco a pouco comece a caminhar sozinha.

Pietra veio para esta vida convidada para um banquete de amor. Porque foi amada antes de ser, viver e responder a um amor a partir de outro amor.

Querida irmã, que tudo que você desejar, do fundo do coração, possa se transformar em realidade imediata. 

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Fé.


Durante a Segunda Guerra Mundial, na Alemanha, alguns pobres e perseguidos políticos se refugiaram em um porão escuro e frio. Quando as tropas dos exércitos aliados libertaram a Europa, achou-se inscrito numa das paredes daquele triste refúgio o seguinte:

“Creio no sol, mesmo que ele não brilhe.
Creio em Deus, mesmo que ele esteja em silêncio.
Creio no amor, mesmo que ele esteja oculto.”

As forças que moram no coração das pessoas são fascinantes. Há a força de vontade e o poder do pensamento positivo. As palavras também vivem. Porém, a mais poderosa de todas as nossas energias é a fé. Ela é um dom que vem do Eterno para nós. Com fé o espírito triunfa sobre a matéria. A fé exalta o eterno sobre o temporal. A fé revela que Deus põe um ponto final, onde havia um ponto de interrogação. A fé zomba da dúvida, permanece surda ao grito do desespero, e cega para a impossibilidade.


Quando temos fé, acreditamos no caráter de Deus.

domingo, 19 de junho de 2011

O presente esfumaça-se.




Quando amamos, qualquer encontro, mesmo fluido, rápido, impermanente, é precioso.
Na vida, temos duas dimensões: passado e futuro; um passado que se alonga e um futuro que se encolhe. Nunca temos o presente. O instante nos foge. O presente escapa, esfumaça-se, dilui-se. A única constância que existe é o fluxo do dever que transforma futuro em passado. E não há nada ou ninguém que possa impedir.
No rápido hiato entre porvir e pretérito, alguns acontecimentos se perdem, outros se eternizam. Com o passar dos anos a memória vai se tornando seletiva. No que vivenciamos, apenas um punhado de coisas fica armazenada;  algumas doloridas, outras felizes.

Sempre que guardamos algum evento, eternizamos o instante. Ficam com a gente tanto coisas boas como ruins. Carregamos em algum recinto da alma, cicatrizes, traumas, olhares ferinos, frases destruidoras, gestos ameaçadores. Também mantemos, como flash, incentivos, abraços solidários, acolhimentos, sorrisos.
Esqueci o nome de amigos. Perdemos o contato e já não sei por onde andam, mas posso descrever, piadas, brincadeiras e sorrisos que fizeram desses amigos a riqueza de minha história.

Meus pais ficarão eternizados dentro de mim. Bem criança, lembro de que o dedo estendido do papai substituía a sua mão. Sempre que saíamos para algum lugar, ele cerrava o punho para deixar apenas o indicador para eu segurar. Aquele dedo era minha âncora.
Sou um museu de imagem e som. Vez por outra visito a sala onde ouço vozes e projeto filmes. Acredito que viver se reduz ao esforço de não deixar que a fração diminuta do que entendemos por tempo se disperse, mas continue impregnada na alma. Sim, viver é estocar memórias até o momento em que o corpo vai notar que vida está nos derradeiros centésimos de segundos. Aquele instante em que veremos, num relance, tudo o que entesouramos; quando fecharemos os olhos com um sorriso maroto.

Fingimos que somos de outra estirpe.



Eu, você, nós todos somos uma grande farsa, a maior de todas as farsas. E sabe por quê?

Organizamos nossas vidas de modo que tenhamos o mínimo dispêndio com a garantia do maior e melhor retorno. Fingimos que somos de outra estirpe, a dos filhos prediletos.

Na cara dura agradecemos a Deus por nossos sonhos de consumo se realizarem, mesmo que uma pequena – ou grande dependendo da gula.

Deveríamos nos arrepender por comermos contra-filé e tomarmos Coca diet enquanto nas eiras do norte e nordeste comunidades inteiras comem bife de cacto.

Morreremos pela boca, já que com a boca distorcemos o discurso do Cristo para satisfazer nossos prazeres e deleites quando pedimos o que não se deve pedir. Pedimos mal e nos prostramos sobre a proposta do tentador que habita em nós. Não há em nosso discurso e prática, equivalente lingüístico nem espaço físico para o nós, tampouco para o nosso.

Com a cara lavada somos gratos a Deus por nosso padrão de vida estar se elevando ao passo que indiretamente afirmamos que Deus faz acepção de pessoas, já que pra mim aqui no sudeste é prometido uma terra que mana leite e mel, enquanto no norte e nordeste outros comem cacto não sem antes beber a água.

Somos a maior farsa de todas, pois, corrompemos a maior história de todas. Por conveniência dizemos coisas que o Cristo não disse e omitimos outras que ele disse.  Assim proclamamos, por uma questão muito mais de fazer novos prosélitos e mostrar que detemos o monopólio da verdade do que propriamente amor ao outro, um Jesus que nunca conhecemos.

O sal se tornou insípido. A luz está colocada de baixo do alqueire. A casa foi construída na areia. O Cristo está à porta, mas não lhe abrimos passagem. E juramos de pé junto com base nas estatísticas que estamos certos.

domingo, 12 de junho de 2011

Viver é escolher.


Não perdi a fé, nem a esperança. Continuo a minha caminhada tão cheia de lutas e desafios. Por vezes a saudade é maior que nós. Então agente se rende como se fossemos crianças pequenas necessitadas de colo. Não escondo o choro, pois ele me purifica.

A experiência da morte de minha mãe continua me ensinando. Não busco o sofrimento pelo qual ainda passo até o dia de hoje, quando pela força da saudade, sinto o desejo de vê-la chegar na minha casa, minha querida mãe tão cheia de vida. Não acredito na hipótese absurda de que tudo foi uma permissão de Deus. Não preciso culpar Deus para aprender a conviver com minhas tristezas e com a ausência deixada por ela.

Todavia é mais fácil tentar resolver o resultado das dificuldades a partir de nossas respostas prontas. Ao dizer frases simplistas como Deus quis assim! É preciso que a gente se conforme!

Depois da morte, sempre vem a vida! Não quero tristezas. O que quero é que a perda continue a me ensinar. O que importa é aquilo que recolhemos como aprendizado.

Não posso mudar o fato, então decido permitir que ele me modifique. E é na direção deste ir sem fim que continuo indo. Estou envelhecendo, perdendo a vitalidade, mas sem perder a ternura e o sorriso tão cheio de simplicidade. Um sorriso leve, tímido, mas encorajado por uma força de quem sabe amar do jeito certo.

O jeito como reagimos diante de uma determinada situação depõe contra ou a favor do que consideramos como maduro em nós.
Sofremos quando vivemos as distâncias dos que amamos. 

Sofremos e assim nos firmamos como humanos. Homens e mulheres que recolhem diariamente o sentido de ser o que são e de sentir o que sentem. Sofrer sim, mas sofrer apenas por causas que mereçam o nosso sofrimento. Sofrer, mas buscar o sentido oculto que está por detrás das profusas ramagens dos absurdos. Sofrer, mas nunca esquecer de depois de tudo há um sol preparado, pronto para brilhar e nos dourar com a sua luz tão envolvente.

SE ESCOLHERMOS AMAR, RESTARÃO BOAS SAUDADES.
SE ESCOLHERMOS A INDIFERENÇA, RESTARÃO REMORSOS.

Viver é escolher. A vida cresce, amadurece e se transforma no impulso de nossas escolhas. é por isso que diante deste texto creio que seja válido fazer a opção de continuar amando apesar de........

segunda-feira, 6 de junho de 2011

O que será...


Quer nossas vidas sejam cheias de pessoas e atividades, ou silenciosas, ressoando com a solidão, precisamos aceitar uma coisa, por mais trivial que pareça. Nascemos sozinhos e morreremos sozinhos. As crises da nossa vida são experimentadas a sós em momentos privados de verdade. É quando estamos a sós que Deus pode verdadeiramente tocar e transformar nossas almas.

Portanto, nossa solidão é um dos maiores dons que temos. Deus nos criou como seres únicos, e o que é ainda mais excitante do que ser uma obra individual de arte é que Deus quer passar tempo conosco. Ele nos permite ficar sozinhos para que possamos buscá-lo, e ele provavelmente sente nossa falta quando o evitamos, abarrotando as malas das nossas vidas com artigos que não podemos levar conosco. Mediante o dom da solidão, Deus nos acarinha, desafia, entretém, ensina e permite que o conheçamos. Tempo a sós com Deus - tempo pacífico, silencioso, bem como tempo de luta profunda. Parece que passamos a conhecer melhor e mais intimamente o nosso Salvador quando combatemos com ele sozinhos.

Ó Senhor, fica conosco o dia todo,
até que as sombras se alonguem e chegue a noite,
o mundo ocupado silencie, a febre de viver termine,
e o nosso trabalho seja feito.
Então, em tua misericórdia,
concede um abrigo seguro e um descanso santo,
e finalmente,a paz.

Você é Feliz?


Você já percebeu que,  algumas pessoas faz-nos acreditar que o sucesso corrompe, que o dinheiro é a raiz de todo mal, que a fama destrói, que o amor cega, que a felicidade é sinal de egoísmo e que a aposentadoria é o início da morte. Parece estranho, mas é assim que acontece.

Quando estamos felizes, sentimos um mistura de gratidão, de autocensura e de dúvida. Temos medo de mostrar o que estamos sentindo e de ser chamados de orgulhosos, convencidos, imaturos ou irresponsáveis. Demonstrar felicidade mais que o normal pode até  atrapalhar nossos relacionamentos. Há uma crença implícita de que, se não existir certa dose de sofrimento, o mundo não vai mais funcionar direito. Por isso, toda vez que estamos contentes, prendemos a respiração, evitamos passar embaixo de escadas e fugimos de gatos pretos. O medo da felicidade passa de geração a geração em forma de mito, de superstição. Não é à toa, então que as igrejas estão lotadas.

Sabemos que queremos ser felizes,
mas não sabemos direito o que é felicidade.

Quantas vez você já não "entrou de cabeça" em uma situação que parecia o caminho da felicidade e depois descobriu que não era verdade? Quantas vezes já investiu em algo, em um relacionamento ou em uma compra acreditando que a felicidade viria junto em um pacote e depois viu que faltava alguma coisa?

Não existem obstáculos entre você e sua felicidade, apenas ilusão e confusão. Sei que você já deve ter sentido muitas vezes que a felicidade é algo que está muito distante. Percebo que não existe essa distância entre nós e ela. Para ser feliz, você precisa querer livrar-se da falsa percepção, das condições imaginárias e dos medos. Veja o estilo de vida que temos. Estamos muito ocupados para sermos felizes agora. Estamos preocupados demais com nosso futuro brilhante para sermos felizes agora. Nossa agenda não permite que paremos um pouco. Estamos muito ocupados tentando "chegar lá", mas, quanto mais corremos atrás da felicidade, mais ela foge.

Essa perseguição desenfreada é nosso maior erro. Ela é somente uma invenção fabricada, uma ilusão, uma mentira, que nos faz acreditar que tudo o que é bom está no mundo lá fora. Mas o mundo não tem a chave para nossa felicidade, porque ela está dentro de nós. É claro que as pessoas e as experiências podem ajudar-nos a recuperar nossa felicidade, se permitirmos, mas ninguém pode mostrar-nos o que nos recusamos a ver dentro de nós.

O mais irônico é que os únicos momentos de alegria nessa vida acontecem justamente nos momentos em que você se permite descansar, relaxar e parar de persegui-la. Pense na criatividade e na paz que poderia ter para desfrutar o mundo se simplesmente começasse a aceitar e a permitir que a felicidade fizesse parte de seu dia-a-dia.

A felicidade não está nas coisas; 
A felicidade está em conhecer a Deus.

Mais um detalhe!
Nada neste mundo pode torná-lo feliz,
Mas tudo neste mundo pode ajudá-lo a ser.

A decisão de ser triste ou feliz cabe somente a cada um de nós, acreditemos nisso ou não. E, quando deixamos de visualizar essa possibilidade, é hora de buscar ajuda.