domingo, 30 de setembro de 2012

A alma necessita penetrar nesse silêncio...


Viver profundamente exige mergulho. Isso não é algo que façamos com superficialidade, sem que as águas geladas da verdade encharquem todo o nosso ser.
Quão cegos é possível nos tornarmos por causa de nossas defesas psicológicas, sem admitir nossas fraquezas interiores, nossas crises existenciais, nossos abismos, que nos distanciam dos outros e de Deus. Construimos muros de indiferença, que nos tornam quase impenetráveis; quase, porque Deus não desiste de nós. Se preciso for, usará tempestades ou abismos para nos sacudir, nos ensinar, nos redirecionar e nos convencer a obedecer e amar. 
Temos dificuldade de tirar a cera, a máscara. Com isso, não conhecemos e não somos conhecidos. O homem precisa entrar no mergulho dentro de si mesmo para receber o amor de Deus. A alma necessita penetrar neste silêncio... 
A decisão de nos lançarmos para dentro de nós mesmos, leva-nos à compreensão de que nossa mente conciente percebe muito pouco de tudo o que existe nas regiões mais profundas do nosso eu. 

Você teme saltar nesse lugar desconhecido?

Você tem medo de mergulhar  nas realidades de seu mundo interior e incluí-las em seu mundo exterior?


Só mesmo diante do inevitável é que nós mergulhamos. E quando isso acontece, quando você mergulha dentro sí mesmo e se enfrenta, o mar se acalma e as pessoas ao seu redor desfrutam paz. Quando decidimos deixar de mentir, de nos iludir com nossas fantasias; quando decidimos parar tudo e nos interrogarmos sobre o que a vida quer de nós - experimentamos uma calma inexplicável.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Não acredito em sorte.





Não acredito em sorte, acredito em pessoas que dão coisas boas aos outros – e não tenho como negar, alguns trazem negativismo. Sou da opinião de que definimos destinos. Massageamos contusões e ferimos auto estima. Ensinamos a dar a volta por cima e enlameamos.

Fomos criados para nos tornar criadores. Daí, na breve história da cultura, termos conseguido nos especializar em obstáculos. Se a carne for dura, aprendemos a cozinhar. Se ver os mortos apodrecendo a céu aberto aumenta a dor da perda, aprendemos a enterrá-los. Se mover uma carga se mostra dificultoso, aprendemos a utilidade da roda. Mas tem o outro lado. Quando ir e vir incentiva a liberdade, erguemos porteiras. Para aumentar domínios, organizamos exércitos.
 
A palavra falada, a reação impensada, o elogio espontâneo, o comentário, tudo serve na construção do amanhã. Ninguém pode se escusar sob um fatalismo, tipo “o que será, será”.  Alguém pode rir ou sofrer porque vidas se tangenciaram.
As estrelas não afetam a sorte das pessoas – elas estão longe demais –  com a mesma força que uma pessoa, tão próxima. Azar ou sorte, eis a questão, diz respeito a todos.