domingo, 12 de junho de 2011

Viver é escolher.


Não perdi a fé, nem a esperança. Continuo a minha caminhada tão cheia de lutas e desafios. Por vezes a saudade é maior que nós. Então agente se rende como se fossemos crianças pequenas necessitadas de colo. Não escondo o choro, pois ele me purifica.

A experiência da morte de minha mãe continua me ensinando. Não busco o sofrimento pelo qual ainda passo até o dia de hoje, quando pela força da saudade, sinto o desejo de vê-la chegar na minha casa, minha querida mãe tão cheia de vida. Não acredito na hipótese absurda de que tudo foi uma permissão de Deus. Não preciso culpar Deus para aprender a conviver com minhas tristezas e com a ausência deixada por ela.

Todavia é mais fácil tentar resolver o resultado das dificuldades a partir de nossas respostas prontas. Ao dizer frases simplistas como Deus quis assim! É preciso que a gente se conforme!

Depois da morte, sempre vem a vida! Não quero tristezas. O que quero é que a perda continue a me ensinar. O que importa é aquilo que recolhemos como aprendizado.

Não posso mudar o fato, então decido permitir que ele me modifique. E é na direção deste ir sem fim que continuo indo. Estou envelhecendo, perdendo a vitalidade, mas sem perder a ternura e o sorriso tão cheio de simplicidade. Um sorriso leve, tímido, mas encorajado por uma força de quem sabe amar do jeito certo.

O jeito como reagimos diante de uma determinada situação depõe contra ou a favor do que consideramos como maduro em nós.
Sofremos quando vivemos as distâncias dos que amamos. 

Sofremos e assim nos firmamos como humanos. Homens e mulheres que recolhem diariamente o sentido de ser o que são e de sentir o que sentem. Sofrer sim, mas sofrer apenas por causas que mereçam o nosso sofrimento. Sofrer, mas buscar o sentido oculto que está por detrás das profusas ramagens dos absurdos. Sofrer, mas nunca esquecer de depois de tudo há um sol preparado, pronto para brilhar e nos dourar com a sua luz tão envolvente.

SE ESCOLHERMOS AMAR, RESTARÃO BOAS SAUDADES.
SE ESCOLHERMOS A INDIFERENÇA, RESTARÃO REMORSOS.

Viver é escolher. A vida cresce, amadurece e se transforma no impulso de nossas escolhas. é por isso que diante deste texto creio que seja válido fazer a opção de continuar amando apesar de........