domingo, 11 de setembro de 2011

Honestidade.



Podemos ser brutais, críticos, julgar e temer nossas emoções, especialmente as que estão relacionadas com a infelicidade, como a tristeza, a raiva e a depressão. Cada vez que nos julgamos e criticamos por estarmos nos sentindo infelizes, estamos simplesmente atirando mais lenha ao fogo. Quanto mais atacamos, mais a dor aumenta e mais parece real. Quanto mais nos condenamos, mais nos identificamos com a dor. Ao fim, a dor parece ser mais real do que a alegria.
É muito raro ver alguém que admita publicamente estar triste, nervoso, irritado, com ciúmes ou infeliz, pois é uma grande vergonha. Desde de crianças, somos ensinados a esconder nossos sentimentos e a mentir sobre eles por medo de julgamentos e por culpa. As frases mais comuns do tipo "Você deveria ter vergonha" que aprendemos são:

- "Homens não choram".
- "Que cara é essa?".
- "Vou lhe mostrar o que é ficar bravo".
- "Como ousa?".
- "Quer que o faça parar de chorar rapidinho?".
- "Mas quem você pensa que é?".
- "Pare com essa choradeira".
- "Quem ri demais acaba chorando".

Aprendemos a nos controlar, a esconder e a suprimir nossos sentimentos. Negação, racionalismo e outras defesas parecem funcionar bem até certo ponto, mas começam a falhar quando a paz se torna uma questão de evitar os sentimentos. Choramos sozinhos e escondidos.

Quando não somos honestos com relação à vida, continuamos a sofrer. A solução é um processo de honestidade; não se pode chegar à verdade utilizando mentiras. Elas são, no máximo, uma tática de controle, jamais um remédio. Mentiras não trazem paz.

Não há como nos curarmos em segredo. Temos de contar a verdade a alguém, seja Deus, seja um amigo ou a um médico. Quando se trata de felicidade, a honestidade é o melhor caminho.

Sendo honestos, descobrimos que não estamos sozinhos e que a ajuda está à nossa disposição.

A aversão ao sofrimento é que dói; mais nada.