Drummond escreveu um poema chamado
"Ausência"
"Ausência"
"Por muito tempo achei que ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim".
Quem não amou e não perdeu o objeto do seu amor não sente saudade.
Querida mãe, o que eu quero mesmo, é fazer como Drummond:
COMEMORAR.
No absurdo da dor, não permitirei que o sofrimento e seus braços imensos fechem meus olhos para a descoberta de uma grande realidade
TENHO UMA FAMÍLIA LINDA!