segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Família.


A vida acontece em família, em grupos, seja uma família biológica ou não. Precisamos de pessoas e de família. Fomos feitos para viver e conviver com outras pessoas. Família é o lugar onde temos toda a alegria e toda a dor. Onde temos toda a felicidade e toda a tristeza.
Uma família é feita de afetos, de sentimentos. O vínculo que forma uma família não é o sangue, mas o afeto, o amor. Todos nós vivemos em família. Sempre há alguém, pais, irmãos, tios, filhos, primos, sobrinhos, netos, bisnetos, e quando não há mais ninguém da família, há os amigos, que às vezes são mais chegados que um irmão.
A família passa por transformações, mas continua sendo um porto seguro, ou pelo menos deve ser esse porto seguro afetivo, emocional, de todos nós. Lugar em que somos queridos, amados de graça, sempre perdoados, sempre acolhidos. Mas para que assim seja é necessário observar algumas pistas.
Primeiro é preciso acabar com o mito de que existe família perfeita. Existem famílias felizes, mas não perfeitas. Uma família só tem a chance de ser feliz quando reconhece suas limitações, seus problemas, seus desajustes e suas imperfeições. Há pessoas que vivem culpadas porque suas famílias têm problemas. Elas não estão sozinhas. Família normal é aquela que tem problemas e tenta resolvê-los, não as que não têm problemas, estas não existem.
Também é indispensável que as “fórmulas infalíveis” para resolver problemas familiares sejam descartadas. Cada pessoa é um mundo, um universo. As pessoas são diferentes e reagem de modo diferente, por isso um mesmo conselho pode ser bom pra uma família, mas inócuo ou pernicioso para outra.
Edificar uma família dá trabalho, é preciso estar disposto para isso. Na cultura do fast-food tudo tem que ser imediato, queremos algo que funcione rapidamente, apertar um botão e tudo funcionar. Conflitos podem ser resolvidos, mas leva tempo e muita disposição. Não há mágica. É preciso trabalhar aos poucos e com constância.
Dedicar tempo, um tempo com qualidade com a família é de um valor inestimável. Pequenas tradições devem ser sagradas: refeições à mesa, com todos reunidos e conversando olhando-se uns para os outros, a conversa no fim do dia que demonstra interesse pelo outro, os passeios, por mais simples que sejam, mas que marcam as emoções para sempre.
Nessas oportunidades você pode transmitir seus valores para seus filhos para sejam cidadãos responsáveis no futuro.
Finalmente, os relacionamentos familiares devem ser permeados de Graça. Graça que ajuda a perdoar, compreender, acolher, a tolerar, a não fazer exigências descabidas, a crer que um recomeço é sempre possível, a corrigir com firmeza e, ao mesmo tempo, com ternura.
A sociedade adoecida é o resultado de famílias adoecidas. A cura para isso talvez esteja em transformar as famílias em um lugar de afetos.

Por que dividimos em pedaços o Tempo?



Já se perguntou por que fracionamos o tempo? Por que o dividimos em pedaços de tempo? Milênio, década, ano, mês, semana ou dia? Veja. Não só contamos o tempo: quantos anos ou meses? Além de contarmos o tempo, nós o dividimos em pedaços com nome. Pedaços que significam. Mas o tempo por si só é indiferente ao nosso calendário. O tempo passa sempre e irresistivelmente. Não interessa se mudou o mês, se acabou a semana, ou se inicia um novo ano. Por que, então, organizamos o nosso modo de lidar com o tempo dividindo-o em frações com nome?
Arrisco uma resposta. Porque somos carentes de sabedoria. O tempo passa com uma força que nada ou ninguém pode detê-lo. Minucioso e implacável. Aconteça o que acontecer. Mas nós não podemos aceitar que ele passe sem sentido, sem significar algo. Que ele venha sem que nós possamos esperar um futuro melhor. Que ele passe e nós não possamos nos despedir do que foi ruim. Que ele siga em frente e nós fiquemos com as mãos vazias, ou será com a alma vazia?
Há duas maneiras de dar significado ao tempo. Uma é iludi-lo. Tentar passar a perna no tempo. Tentamos trapacear o tempo quando fingimos que o passado não foi importante. Vejo isso acontecer quando alguém sugere renunciar o passado ou simplesmente esquecer tudo e seguir em frente. Quem tenta trapacear empurrando para debaixo do tapete o que passou, descobre tarde que o passado tem o poder de estar sempre e amargamente presente quando não é assumido. Outra forma de tentar trapacear o tempo é o otimismo ingênuo. A partir de agora tudo será bom, tudo dará certo! Basta ter fé.  Basta acreditar e tudo será um céu de brigadeiro e um mar de almirante! Não demora muito e se descobre que tudo envelhece rápido e os problemas não tratados se repetem como em uma ladainha. Não adianta ter fé, ser otimista se as causas dos problemas e vícios não forem enfrentadas.
A sabedoria não chama de belo o que foi feio, nem finge que o mal não aconteceu. Também não se engana com o futuro. Sabe que a vida continua sendo uma mistura de aflição e prazer. Que há coisas que melhoram e coisas que pioram. Mas não se rende a um conformismo suicida. Olha para o que passou e aprende. Olha para o futuro como um tempo não definido e toma as decisões que importam.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

A porta está aberta. Preciso entrar e tomar o meu lugar.


Para ser franco, minha jornada tem sido árdua e foi marcada por muitos desapontamentos e sucessos.

Todos passamos pela vida querendo mais para nós mesmos, lutando para sermos melhores e tentando atingir lugares mais altos. O problema é que, às vezes, não conseguimos e ficamos desiludidos com nossas metas e sonhos: até desistimos por completo e deixamos de lutar pelo que havíamos decidido fazer.

Imagine-se sentado diante de uma lareira vazia esperando que ela aqueça o ambiente: ela não sai se acender sozinha; é preciso colocar lenha dentro dela e acendê-la para que então comece a aquecer. Não sei quanto a você, mas quero poder acender minha lareira!

Que obstáculos você enfrenta em sua vida?

Para superá-los é preciso fazer uma coisa simples: é necessário enfrentá-los. Não há sentido em se desviar e caminhar em outra direção; cedo ou tarde outro obstáculo surgirá e, desta vez, você encontrará ainda mais longe de suas metas e seus sonhos. É sua postura, e somente ela, que o fará solucionar os problemas e desafios ou fugir deles.

Encaro o fracasso como sucesso. Vou explicar.

" Se você fizer pontaria nas estrelas e atingir um poste de luz, fique satisfeito, pois pelo menos acertou alguma coisa. Se você tentar atingir um objetivo e não obtiver o resultado esperado, não deixe que aquilo que o mundo chama de fracasso o desanime. Pelo simples fato de tentar, você mudou para algo novo em sua vida; você ultrapassou o ponto em que se encontrava quando começou". (J.H)

Nem tudo o que fazemos na vida funciona, mas só o fato de tentarmos nos faz caminhar para frente. Nós iremos falhar se nunca aprendermos com nossas experiências.

Não permita que algo desagradável em relação aos outros ou até a si mesmo o atrapalhe, pois, quando se trata de lutar pelo que desejam, muitas pessoas costumam seguir o caminho menos complicado.

Não desistir jamais!

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Há hora certa para a crítica construtiva.

O julgamento criativo requer hora e relacionamento certo. Não ousemos ventilar nossas críticas sem o contexto da aceitação mútua, do amor e da hora certa.

Por mais feliz que seja o casamento, a amizade, com o tempo haverá atrito. Isso é natural. Todos nós somos diferentes e levamos para cada relacionamento tudo o que temos sido e somos. Quanto mais intimamente duas pessoas crescem, tanto mais sua individualidade é exposta. Os problemas podem indicar, não um relacionamento inadequado, mas que o amor está sendo expresso o suficiente para que as pessoas retirem máscaras. Deve haver uma maneira de cada pessoa dizer o que pensa acerca da outra, de modo que ambas cresçam.

Isso é feito através da afirmação e da hora certa.Quando sabemos que nada pode quebrar nosso relacionamento, estamos livres para dizer o que pensamos. Mas, na hora certa. Em algumas épocas somos mais abertos que em outras. Muitas vezes, quando estamos exaustos ou nervosos, reagimos à crítica, com o vapor dessas emoções. Precisamos ser sensíveis e pacientes para não descarregar nossos próprios sentimentos sobre aqueles que já estão sobrecarregados. Lembre-se, nossas sugestões poderão dar início a novo estágio de crescimento para a outra pessoa.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Pedir Ajuda.


Temos de tirar o entulho de nossa mente. Já nos tentamos curar sozinhos diversas vezes. Temos em mente a informação de que pedir ajuda é sinal de fraqueza. Sentimos orgulho ou culpa demais para pedir ajuda. Negamos aos outros a oportunidade de nos amar ou de cuidar de nós porque nos sentimos muito desajeitados, tímidos, sem merecimento, egoístas e superiores.
Ao pedir ajuda, você deve estar aberto e disposto a ouvir. Mas, antes de pedir, é importante colocar de lado o orgulho, a culpa e o cinismo. Ou seja, você deve trocar as ilusões pela verdade, o passado pelo presente e o ressentimento pela esperança.

Peça, acredite,receba!

Deixe de lado os preconceitos, ouça com a mente aberta todas as ofertas que surgirem em seu caminho. Não descarte soluções antes de experimentá-las.

O medo é um chamado do amor.
A raiva é um chamado do amor.
O sofrimento é um chamado do amor.
A culpa é um chamado do amor.
Todo tipo de infelicidade é um chamado do amor.
Isso significa muito claro quando você para de julgar a si mesmo e pede ajuda.

A infelicidade se desfaz quando você se entrega de coração ao outro.

Pense nisso! 

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

A verdade.


A verdade é soma de corações e não de cabeças. A verdade é coisa fugidia, que não se deixa prender na gaiola dos raciocínios, não cai nas armadilhas dos pensamentos. A verdade é isso, a gente experimenta, saboreia, se delicia, mas não fica com ela como quem tem posse, pois a verdade é maior do que nós, em cada um de nós cabe meia verdade. E a gente tenta fazer uma verdade inteira juntando as partes e ficando com elas, como quem rouba do outro a metade que está com ele, pra depois a gente ficar dono da verdade. Mas a verdade não participa desse jogo. O jogo da verdade não é soma, é partilha. Não é brincadeira onde quem tem mais meia verdade ganha. É mais como uma dança aonde a beleza e o alumbramento vêm no par, ou até mesmo na roda, aonde as mãos e braços vão se encontrando e se despedindo, até que todo mundo na roda vive a verdade, e brinca com ela cada vez que os braços se entrelaçam e as mãos se acariciam. No fim da noite, quando cada um vai descansar, a verdade também se recolhe, para que no dia seguinte todo mundo se precise novamente.

ASSIM A HUMILDADE E A COMUNHÃO CUIDAM DA VERDADE.

Liberdade e Amor.

O Senso comum define a liberdade como a não sujeição do eu ou do ego a qualquer realidade limitadora ou imperativa da realização de desejos e vontades. Livre é quem faz o que quer, quando quer, onde quer, com quer, e assim por adiante. O amor, por sua vez, é compreendido pela entrega do eu ou do ego ao objeto amado, o implica renúncia, abnegação, e até sacrifício. Quem ama valoriza mais o relacionamento com o ser amado do que a realização de suas vontades e desejos.

Isto é, amar é abrir mão da liberdade.

A pretensão humana de liberdade conforme descrita é ilusória, pois é fato que a liberdade humana não é absoluta: ninguém consegue fazer o que quer, onde quer, como quer... A realidade na qual vivemos impõe limites à liberdade humana, como por exemplo, a impossibilidade de voar ou de sobreviver sem dormir ou respirar. São limitações que não implicam desejos e independem das vontades, e por esta razão, não constituem dilemas éticos.

Mas há outros limites que implicam posicionamentos éticos e decisões morais, como por exemplo o zelo do corpo e o cuidado das relações de confiança. Sempre que os limites de sua liberdade são desrespeitado, o ser humano entra em rota de colisão com sua natureza, a natureza da realidade em que vive e, portanto de auto-destruição e destruição do que lhe tem valor. Por exemplo, quem deseja se relacionar com base na mentira, na infidelidade e na exploração do outro em benefício próprio: destrói a si mesmo, ao outro e também a relação de amor.

O dilema entre liberdade e o amor, portanto, pode e deve ser superado, primeiro, pela consciência de que a liberdade humana é relativa, e, também principalmente, pela renúncia voluntária (livre) da vida egocêntrica, em favor das relaçoes de amor. Amar implica escolher livremente se dedicar ao amado. Isso é graça: entrega do si mesmo em favor do objeto amado.

Pelos que sofrem.


Hoje ergo minha voz em intercessão pelos que sofrem.

Reconheço que és Deus de amor e bondade, Deus de toda consolação, pleno em compaixão e rico em misericórdia.

Rogo que tomes pela mão aqueles que estão perdidos em meio à escuridão, e os conduza em serenidade para a luz, dando-lhes novo frescor para a alma, renovando-lhes a esperança para a construção do amanhã, firmando-lhes os pés para a continuação da jornada, devolvendo-lhes força para viver.

Rogo que enxugues cada lágrima, recebendo-as como a mais pura oração, acolhendo-as como tributos aos que se foram, dando-lhes sentido e significado, transformando-as em memórias felizes de amor e saudade que produzam frutos de vida.

Rogo que consoles as mães e pais que perderam seus filhos e filhas, os apaixonados que perderam seus amores, as crianças que perderam seus pais, os amigos que perderam seus pares e que derrames porções de amor suficiente para que a falta dos que se foram seja redimida por reconciliações, aproximações e aprofundamento dos laços de afeto de todos quantos ainda temos vida e oportunidade de amar.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Você não vai achar.


Pode procurar que você não vai achar. Não importa aonde vá, estou absolutamente convencido de que há duas coisas que você nunca vai achar. Você pode correr o mundo e o tempo, e tenho certeza que jamais conseguirá achar alguém que não se envergonhe de algo em seu passado. Para qualquer lugar que vá, lá estarão elas, as pessoas que gostariam de apagar um momento, uma fase, um ato, uma palavra, um mínimo pensamento. Todo mundo tenta disfarçar, e certamente há aqueles que conseguem viver longos períodos sem o tormento da lembrança. Mas mesmo estes, quando menos esperam são assombrados pela memória de um ato de covardia, um gesto de pura maldade, um abuso calculado, enfim, algo que jamais deveriam ter feito, e que na verdade, gostariam de banir de suas histórias ou, pelo menos, de suas recordações.

 Isso é uma péssima notícia para a humanidade, mas uma ótima notícia para você: você não está sozinho, você não está sozinha. Inclusive as pessoas que olham em sua direção com aquela empáfia moral e sugerem cinicamente que você é um ser humano de segunda categoria, carregam uma página borrada em sua biografia, grampeada pela sua arrogância e selada pelo medo do escândalo, da rejeição e da condenação. Não importa o que tenha feito ou deixado de fazer, e do que se arrependa no seu passado, saiba que isso faz de você uma pessoa igual a todas as outras; a condição humana implica a necessidade da vergonha.

A segunda coisa que você nunca vai encontrar é um pecado original. Não tenha dúvidas, o mal que você fez ou deixou de fazer está presente em milhares de sagas pessoais. Não existe algo que você tenha feito ou deixado de fazer que faça de você uma pessoa singular no banco dos réus - ao seu lado estão incontáveis réus respondendo pelo mesmíssimo crime. Talvez você diga, "é verdade, todos têm do que se envergonhar, mas o que eu fiz não se compara ao que qualquer outra pessoa tenha feito".  Engano seu. O que você fez ou deixou de fazer não apenas se compara, como também é replicado com absoluta exatidão na experiência de milhares e milhares de outras pessoas. Isso significa que você jamais está sozinho, na fila da confissão.
Talvez por estas razões:   não nos irmanamos nas virtudes, mas na vergonha.

Este é o caminho de saída do labirinto da culpa e da condenação; quando todos sussurrarmos uns aos outros "eu não te condeno".

É isso, ou o jogo bruto de sermos julgados com a medida com que julgamos. A justiça do único justo reveste os que têm do que se envergonhar quando os que têm do que se envergonhar desistem de ser justos.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Felicidade é algo a que temos direito.


Muitos são os que têm algum tipo
de esperança, ilusão ou sonho de que haja
fora de si mesmos algo que lhes traga felicidade e paz.

Mas, se tudo isso está dentro deles mesmos,
não há outro lugar onde buscar.

Ainda assim, muitos negam essa verdade e 
buscam algo desesperadamente, como se uma
parte do que procuram estivesse separada e
pudesse ser encontrada.

E é isto o que legam
a seu corpo:
buscar o que lhes falta e o que os tornaria completos.

Então, vagam sem rumo,
em busca de algo que não podem encontrar,
acreditando ser o que nunca foram.

Assim como o Patinho Feio, temos medo de não sermos bons o suficiente, de estarmos errados, de sermos maus ou de sermos absolutamente nada. E, assim como ele, um dia vamos perceber que nada disso é verdade.  
Tudo, absolutamente tudo,
está à nossa disposição
"Neste Momento".

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Tudo o que desejo.


Desejo sentar com o humilde para
desdenhar a sedução
do rei.

Desejo ser filho amado de Deus para
não tentar ser dono
do mundo.

Desejo viver contente para
não me enamorar
da riqueza.

Desejo vestir-me de bondade para
nunca valer-me
da vingança.

Desejo a sombra dos simples para
não me conduzir pelo sol
do soberbo.

Desejo esquecer sonhos infantis para
viver com a grandeza
da criança.

A vida é bonita e
os anos tão ariscos.

Tenho tantos desejos e
tão pouco tempo para
cumpri-los.

Como nunca deixarei de almejar,
quero só desejar certo.