domingo, 3 de abril de 2011

Seja qual for o seu tempo.



Não guardo segredo e digo que;
Não tenho medo do ontem,
Pois o ontem é passado,
Passado que não volta mais.
Não tenho medo do amanhã,
Pois o amanhã é futuro,
E o futuro, à Deus pertence,
Não tenho medo da morte,
Pois a morte é mistério,
Mistério que está além do meu entendimento.
Não tenho medo da vida,
Pois a vida é uma dádiva de Deus,
Seja qual for o seu tempo.
Não tenho medo da noite,
Pois a noite trás consigo estrelas,
E dão vida ao luar.
Não tenho medo do dia,
Pois o dia trás consigo a luz,
Luz que ilumina o meu caminhar.
No entanto, me cabe fazer um lamento,
Que na vida, morro de medo,
Morro agora, e a todo momento,
Medo que marca presença,
Que dá vida à saudade e provoca doença,
Que aniquila a alma em infinito tormento,
Sufocando a alegria e consumindo meu ser,
E esse medo, se queres mesmo saber,
É impar, forte e intenso,
É o medo – indubitável - de te perder.