Como podemos reagir à explosão de violência e terror que invadiram nossas cidades e nossas vidas nos últimos tempos? O que podemos fazer para não perdemos a alegria de viver, não nos alienarmos e não deixarmos dominar pelo medo e a insegurança?
Devemos nos lembrar que a cidade não é o lugar do nosso descanso, é nosso exílio. A monstruosa cidade, com suas relações humanas conflituosas, suas estruturas de poder carcomidas pela ganância e pela indiferença ao sofrimento alheio, suas redes criminosas de poder, seus justos acuados e seus valentes agredidos e mortos, não é outro lugar senão o ambiente de exílio, onde não nos sentiremos em casa nem mesmo no conforto do lar.
Devemos nos alimentar da esperança: A JUSTIÇA TRIUNFARÁ!
Os que confiam em Deus devem resistir até a última gota de sangue e de lágrima. Resistir com amor e trabalho. Cultivaremos jardins no meio do caos e encheremos o vale da tristeza com nossas flores.
Resistiremos com família e oração. Andaremos de mãos dadas com nossos filhos, nossos amigos, nossos irmãos. Ergueremos as mãos aos céus em oração pelo nosso país.
Nestas horas emergem discussões a respeito da maioridade penal, frouxidão da legislação criminal, aumento das penas aos criminosos - prisão perpétua, pena de morte, sistema carcerário correcional, e todo o aparato jurídico e policial que em tese deveriam proteger os cidadãos.
AO ESTADO COMPETE FAZER JUSTIÇA, E PARA FAZER JUSTIÇA APLICA-SE A LEI, ONDE CADA UM RECEBE DE VOLTA O DANO QUE CAUSOU AO OUTRO OU À SOCIEDADE.
Nas circunstâncias surgem oportunidades e as oportunidades exigem decisões. Somos escravos de nossa liberdade. Decidir é inevitável. Mesmo quem não decide nada tomou uma decisão: a decisão de não decidir.
É preciso ter coragem para confrontar os nossos governantes arrogantes e prepotentes poderosos que usurpam da autoridade que lhes foi concedida.
A verdade em que creio não é uma idéia, é um senso de justiça. Não tomo como definitivas as verdades das consciências, já que descanso na justiça divina.
O que não quero é ser contado entre os cínicos. Não me admito mais seguindo na fila indiana dos covardes. Jamais aceitarei a possibilidade da hipocrisia.
"Se eu puder animar alguém com uma canção,
Se eu puder mostrar a alguém o caminho certo,
Se eu puder cumprir o meu dever cristão,
Se eu puder levar salvação para alguém,
Se eu puder divulgar a mensagem que o Senhor deixou...
...então a minha vida terá valido a pena!"
(Martin Luther King Jr.)